No hinduísmo, Ganexa ou Ganesha (sânscrito: गणेश ou श्रीगणेश (quando usado para distinguir status de Senhor) (ou "senhor dos obstáculos," seu nome é também escrito como Ganesa ou Ganesh e algumas vezes referido como Ganapati) é uma das mais conhecidas e veneradas representações de deus. Ele é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e o esposo de Buddhi (também chamada Riddhi) e Siddhi. Ele é chamado também de Vinayaka em Kannada, Malayalam e Marathi, Vinayagar e Pillayar (em tâmil), e Vinayakudu em Telugu. 'Ga' simboliza Buddhi (intelecto) e 'Na' simboliza Vijnana (sabedoria). Ganesha é então considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. É habitualmente representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra. Em geral, antepõe-se ao seu nome o título Hindu de respeito 'Shri' ou Sri.
Ganesha é o símbolo das soluções lógicas e deve ser interpretado como tal. Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante; ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato. Desta forma Ganesha representa uma solução lógica para os problemas, ou "Destruidor de Obstáculos". Sua consorte é Buddhi (um sinônimo de mente) e ele é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) pelos mercadores e homens de negócio. A razão sendo a solução lógica para os problemas e a prosperidade são inseparáveis.
O culto de Ganesha é amplamente difundido, mesmo fora da Índia. Seus devotos são chamados Ganapatyas.
Iconografia
Assim como acontece com todas as outras formas externas nas quais o Hinduísmo representa deus, no sentido da aparência pessoal de Brahman (também chamada de Ishvara, o Senhor), a figura de Ganesha é também um arquétipo cheio de múltiplos sentidos e simbolismo que expressa um estado de perfeição assim como os meios de obtê-la. Ganesha, de facto, é o símbolo daquele que descobriu a Divindade dentro de si mesmo.
Ganesha é o som primordial, OM, do qual todos os hinos nasceram. Quando Shakti (Energia) e Shiva (Matéria) se encontram, ambos o Som (Ganesha) e a Luz (Skanda) nascem. Ele representa o perfeito equilíbrio entre força e bondade, poder e beleza. Ele também simboliza as capacidades discriminativas que provê a habilidade de perceber a distinção entre verdade e ilusão, o real e o irreal.
Uma descrição de todas as características e atributos de Ganesha podem ser encontradas no Ganapati Upanishad (um Upanishad dedicado a Ganesha) do rishi Atharva, no qual Ganesha é identificado com Brahman e Atman. [1] Este Hino Védico também contém um dos mais famosos mantras associados com esta divindade: Om Gam Ganapataye Namah (literalmente: "eu Te saúdo, Senhor das tropas").
Nos Vedas pode-se encontrar uma das mais importantes e comuns orações a Ganesha, na parte que constitui o início do Ganapati Prarthana:
Om ganaman tva ganapatigm havamahe kavim kavinamupamashravastanam
jyestharajam brahmanam brahmanaspata a nah shrunvannutibhih sida sadanam
De acordo às estritas regras da iconografia Hindu, as figuras de Ganesha com somente duas mãos são tabu. Por isso, as figuras de Ganesha são vistas habitualmente com quatro mãos que significam sua divindade. Algumas figuras podem ter seis, outras oito, algumas dez, algumas doze e outras catorze mãos, cada uma carregando um símbolo que difere dos símbolos nas outras mãos, havendo aproximadamente cinquenta e sete símbolos no total, segundo alguns estudiosos.
A imagem de Ganesha é composta de quatro animais, homem, elefante, serpente e o rato. Eles contribuem para formar a imagem. Todos eles individualmente e coletivamente tem profunda significância simbólica.
O deus da boa fortuna
Em termos gerais, Ganesha é uma divindade muito amada e frequentemente invocada, já que é o Deus da Boa Fortuna quem proporciona prosperidade e fortuna e também o Destruidor de Obstáculos de ordem material ou espiritual. É por este motivo que sua graça é invocada antes de iniciar qualquer tarefa (por exemplo, viajar, prestar uma prova, realizar um assunto de negócios, uma entrevista de trabalho, realizar uma cerimônia) com Mantras como: Aum Shri Ganeshaya Namah (salve o nome de ganesha), ou similares. É também por esse motivo, que tradicionalmente, todas as sessões de bhajan (cântico devocional) iniciam com uma invocação de Ganesha, o Senhor dos "bons inícios". Por toda a Índia de cultura hindu, o Senhor Ganesha é o primeiro ídolo colocado em qualquer nova casa ou templo
Além disso, Ganesha é associado com o primeiro chakra, que representa o instinto de conservação e sobrevivência e de procriação. O nome desse chakra é muladhara.
Atributos Corporais
Cada elemento do corpo de Ganesha tem seu próprio valor e seu próprio significado:
A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminatório;
O fato dele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;
As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar idéias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;
A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal;
Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;
A barriga de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;
A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.
Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo sutil, que são: mente (Manas), intelecto (Buddhi), ego (Ahamkara), e consciência condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;
A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho da verdade e da retidão;
A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;
A terceira mão, que está em direção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e proteção (abhaya);
A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objetivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.
O Senhor cuja forma é Om
Ganesha é também definido como Omkara ou Aumkara, que significa "tendo a forma de Om (ou Aum) (veja a seção Os nomes de Ganesha). De fato, a forma do seu corpo é uma cópia do traçado da letra Devanagari que indica este grande Bija Mantra. Por causa disso, Ganesha é considerado a encarnação corporal do Cosmos inteiro, Ele que está na base de todo o mundo fenomenal (Vishvadhara,Jagadoddhara). Além disso, na língua tâmil, a sílaba sagrada é indicada precisamente por uma letra que relembra o formato da cabeça de Ganesha.
A presa quebrada
Estátua de Ganesha do Distrito de Andra Pradesh, Índia.A presa quebrada de Ganesha, como descrita acima, simboliza inicialmente sua habilidade de superar ou "quebrar" as ilusões da dualidade. Porém, existem muitos outros sentidos que têm sido associados a este símbolo.
Um elefante normalmente tem duas presas. A mente também freqüentemente propõe duas alternativas: o bom e o mau, o excelente e o expediente, fato e fantasia. A cabeça de elefante do Senhor Ganesha porém tem apenas uma presa por isso ele é chamado "Ekadantha," que significa "Ele que tem apenas uma presa", para lembrar a todos que é necessário possuir determinação mental.
(Sathya Sai Baba)
Existem várias anedotas que explicam as origens deste atributo particular (veja seção Como Ganesha quebrou uma de suas presas?)
Ganesha e o rato
Ganesha montado em seu rato. Note as flores oferecidas pelos devotos. Uma escultura do Templo de Vaidyeshwara em Talakkadu, Karnataka, ÍndiaDe acordo com uma interpretação, o divino veículo de Ganesha, o rato ou mushika representa sabedoria, talento e inteligência. Ele simboliza investigação diminuta de um assunto difícil. Um rato vive uma vida clandestina nos esgotos. Então ele é também um símbolo da ignorância que é dominante nas trevas e que teme a luz do conhecimento. Como veículo do Senhor Ganesha, o rato nos ensina a estar sempre alerta e iluminar nosso eu interior com a luz do conhecimento.
Ambos Ganesha e Mushika amam modaka, um doce que é tradicionalmente oferecido para os dois durante cerimônias de adoração. O Mushika é normalmente representado como sendo muito pequeno em relação a Ganesha, em contraste para as representações dos veículos das outras divindades. Porém, já foi tradicional na arte Maharashtriana representar Mushika como um rato muito grande, e Ganesha estando montado nele como se fosse um cavalo.
Outra interpretação diz que o rato (Mushika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e o orgulho da individualidade. Ganesha, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a mente. O rato (extremamente voraz por natureza) é habitualmente representado próximo a uma bandeja de doces com seus olhos virados em direção de Ganesha, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas, como se esperando uma ordem de Ganesha. Isto representa a mente que foi completamente subordinada à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua permissão.
Casado ou Celibatário?
É interessante notar como, de acordo com a tradição, Ganesha foi gerado por sua mãe Parvati sem a intervenção de Shiva, seu marido. Shiva, de fato, sendo eterno (Sadashiva), não sentia nenhuma necessidade de ter filhos. Consequentemente, o relacionamento entre Ganesha e sua mãe é único e especial.
Essa devoção é o motivo pelo qual as tradições do sul da Índia o representam como celibatário (veja o conto Devoção por sua mãe). É dito que Ganesha, acreditando ser sua mãe a mais bela e perfeita mulher no universo, exclamou: "Traga-me uma mulher tão bonita quanto minha mãe e eu me casarei com ela".
No Norte da Índia, por outro lado, Ganesha é freqüentemente representado como casado com as duas filhas de Brahma: Buddhi (intelecto) e Siddhi (poder espiritual). Popularmente no norte da Índia Ganesha é representado acompanhado por Sarasvati (deusa da cultura e da arte) e Lakshmi (deusa da sorte e prosperidade), simbolizando que essas características sempre acompanham aquele que descobre sua própria divindade interior. Simbolicamente isso representa o fato de que a abundância, prosperidade e sucesso acompanham aqueles que possuem as qualidades da sabedoria, prudência, paciência, etc. que Ganesha simboliza.
Histórias Mitológicas
Como ele obteve sua cabeça de elefante?
A mitologia altamente articulada do Hinduísmo apresenta muitas histórias na qual é explicada a maneira que Ganesha obteve sua cabeça de elefante; freqüentemente a origem desse atributo particular é encontrado nas mesmas histórias que narram seu nascimento. E muitas dessas mesmas histórias revelam as origens da enorme popularidade do culto a Ganesha.
Decapitado e reanimado por Shiva
A mais conhecida história é provavelmente aquela encontrada no Shiva Purana. Uma vez, quando sua mãe Parvati queria tomar banho, não havia guardas na área para protegê-la de alguém que poderia entrar na sala. Então ela criou um ídolo na forma de um garoto, esse ídolo foi feito da pasta que Parvati havia preparado para lavar seu corpo. A deusa infundiu vida no boneco, então Ganesha nasceu. Parvati ordenou a Ganesha que não permitisse que ninguém entrasse na casa e Ganesha obedientemente seguiu as ordens de sua mãe. Dali a pouco Shiva retornou da floresta e tentou entrar na casa, Ganesha parou o Deus. Shiva se enfureceu com esse garotinho estranho que tentava desafiá-lo. Ele disse a Ganesha que ele era o esposo de Parvati e disse que Ganesha poderia deixá-lo entrar. Mas Ganesha não obedecia a ninguém que não fosse sua querida mãe. Shiva perdeu a paciência e teve uma feroz batalha com Ganesha. No fim, ele decepou a cabeça de Ganesha com seu Trishula (tridente). Quando Parvati saiu e viu o corpo sem vida de seu filho, ela ficou triste e com muita raiva. Ela ordenou que Shiva devolvesse a vida de Ganesha imediatamente. Mas, infortunadamente, o Trishula de Shiva foi tão poderoso que jogou a cabeça de Ganesha muito longe. Todas as tentativas de encontrar a cabeça foram em vão. Como último recurso, Shiva foi pedir ajuda para Brahma que sugeriu que ele substituísse a cabeça de Ganesha com o primeiro ser vivo que aparecesse em seu caminho com sua cabeça na direção norte. Shiva então mandou seu exército celestial (Gana) para encontrar e tomar a cabeça de qualquer criatura que encontrarem dormindo com a cabeça na direção norte. Eles encontraram um elefante moribundo que dormia desta maneira e após sua morte, tomaram sua cabeça, e colocaram a cabeça do elefante no corpo de Ganesha trazendo-o de volta à vida. Dali em diante ele é chamado de Ganapathi, ou o chefe do exército celestial, que deve ser adorado antes de iniciar qualquer atividade.
Shiva e Gajasura
Essa estátua de Ganesha foi criada no Distrito de Mysore de Karnataka no século XIII.Outra história a respeito da origem de Ganesha e sua cabeça de elefante narra que, uma vez, existiu um Asura (demônio) com todas as características de um elefante, chamado Gajasura, que estava praticando austeridades (ou tapas). Shiva, satisfeito por esta austeridade, decidiu dar-lhe, como recompensa, qualquer coisa que ele pedisse. O demônio desejou emanar fogo continuamente do seu próprio corpo. Desse modo, ninguém poderia se aproximar dele. Shiva concedeu o que foi pedido. Gajasura continuou sua penitência e Shiva, que aparecia a ele de tempos em tempos, perguntou, mais uma vez, o que desejava. O demônio respondeu: "desejo que você habite meu estômago."
Shiva atendeu até mesmo a este pedido e, então, passou a residir no estômago do demônio. De fato, Shiva também é conhecido como Bhola Shankara porque é uma deidade facilmente agradada; quando está satisfeito com um devoto, concede-lhe o que for pedido e, isso, de tempos em tempos, gera situações particularmente intrincadas. Por esse motivo Parvati, sua esposa, procurou por ele em todos os lugares sem obter resultado algum. Como último recurso, foi ao seu irmão, Vishnu, pedir a ele que encontrasse seu marido. Vishnu, que conhece a tudo, respondeu: "Não se preocupe minha irmã; seu marido é Bhola Shankara e prontamente garante aos seus devotos tudo o que eles pedem, sem se preocupar com as conseqüências; acho que ele se meteu em algum problema. Vou procurar saber o que aconteceu."
Então Vishnu, o onisciente diretor do jogo cósmico, elaborou uma pequena encenação: transformou Nandi (o touro de Shiva) em um touro dançarino e o conduziu à frente de Gajasura, assumindo, ao mesmo tempo, a aparência de um flautista. A encantadora performance do touro fez o demônio entrar em êxtase e perguntar ao flautista o que ele desejava. O músico respondeu: "Você pode mesmo me dar qualquer coisa que eu pedir?" Gajasura respondeu: "Por quem me tomas? Eu posso lhe dar qualquer coisa que você pedir imediatamente!" O flautista então respondeu: "Se é assim, libere Shiva do seu estômago." Gajasura entendeu, então, que este não poderia ser outro senão o próprio Vishnu, o único que poderia saber desse segredo. Nesse momento, o demônio se jogou aos pés de Vishnu e, tendo liberado Shiva, pediu a este um último presente: "Tenho sido abençoado por você muitas vezes; meu último pedido é que todo mundo se lembre de mim adorando minha cabeça quando eu estiver morto." Shiva, então, trouxe seu próprio filho até ali e substituiu sua cabeça pela de Gajasura. Desde então, na Índia, é tradição que qualquer ação, para poder prosperar, deva ser iniciada com a adoração de Ganesha. Este é o resultado do presente que Shiva deu à Gajasura.
O Olhar de Shani
Uma história menos conhecida do Brahma Vaivarta Purana narra uma versão diferente do nascimento de Ganesha. Pela insistência de Shiva,Parvati jejuou por um ano (punyaka vrata) para propiciar Vishnu para que lhe desse um filho. O Senhor Krishna, após o fim do sacrifício, anunciou que ele mesmo encarnaria como seu filho em cada kalpa (era). Então, Krishna nasceu para Parvati como uma charmosa criança. Esse evento foi celebrado com grande entusiasmo e todos os deuses foram convidados para olhar o bebê. Porém Shani, o filho de Surya, hesitou em olhar ao bebê pois é dito que o olhar de Shani é prejudicial. Porém Parvati insistiu que ele olhasse para o bebê, então Shani o fez, e imediatamente a cabeça da criança caiu e voou para Goloka. Vendo Shiva e Parvati feridos de aflição, Vishnu montou em Garuda, sua águia divina, e apressou-se para a ribeira do rio Pushpa-Bhadra, donde ele trouxe a cabeça de um jovem elefante. A cabeça do elefante se juntou com o corpo do filho de Parvati, revivendo-o. A criança foi chamada Ganesha e todos os Deuses abençoaram Ganesha e desejaram a ele poder e prosperidade.
Outras versões
Outro conto do nascimento de Ganesha relata um incidente no qual Shiva matou Aditya, o filho de um sábio. Porém Shiva restaurou a vida ao corpo da criança morta, mas isso não conseguiu pacificar o sábio enfurecido Kashyapa, que era um dos sete grandes Rishis. Kashyap amaldiçoou Shiva e declarou que o filho de Shiva perderia sua cabeça. Quando isto aconteceu, a cabeça do elefante de Indra foi colocada em seu lugar.
Outra versão diz que em uma ocasião, a água de banho usada de Parvati foi jogada no Ganges e esta água foi bebida por Malini, a Deusa com cabeça de elefante, que logo após deu à luz um bebê de quatro braços e cinco cabeças de elefante. Ganga, a Deusa do rio o reivindicou como seu filho, mas Shiva declarou que ele era filho de Parvati, reduziu suas cinco cabeças a uma e o empossou como o Controlador de obstáculos (Vigneshwara).
Ganesha o escrivão
Na primeira parte do poema épico Mahabharata, está escrito que o sábio Vyasa pediu para Ganesha que transcrevesse o poema enquanto ele ditava. Ganesha concordou, mas somente na condição de que o sábio Vyasa recitasse o poema sem interrupções ou pausas. O sábio, por sua vez, colocou a condição que Ganesha não teria somente que escrever, mas também entender tudo o que ele escutasse antes de escrever. Dessa forma, Vyasa se recuperaria um pouco de seu falatório cansativo ao simplesmente recitando um verso bem difícil que Ganesha não conseguisse entender rapidamente. Começou o ditado, mas no corre-corre de escrever, a caneta de Ganesha se quebrou. Então ele quebrou uma de suas presas e a usou como caneta, só assim a transcrição pôde prosseguir sem interrupções, permitindo a ele manter sua palavra.
Ganesha e Parashurama
Um dia Parashurama, um avatar de Vishnu, foi fazer uma visita a Shiva, mas no caminho ele foi bloqueado por Ganesha. Parashurama lançou seu machado em direção a Ganesha, e Ganesha (sabendo que esse machado foi dado a ele por Shiva) se deixou golpear e perdeu sua presa como resultado.
Ganesha e a Lua
Dizem que certa vez, Ganesha após ter recebido de muitos de seus devotos uma enorme quantidade de doces (Modak), para poder digerir melhor essa incrível quantidade de comida, decidiu ir passear. Ele montou em seu rato, que utiliza como veículo, e foi adiante. Foi uma noite magnífica e a lua estava resplandecente. De repente uma cobra apareceu do nada e assustou o rato, que pulou e tirou Ganesha de sua montaria. O grande estômago de Ganesha foi empurrado contra o chão com tanta força que sua barriga abriu e todos os doces que ele comeu foram espalhados a seu redor. No entanto, ele era muito inteligente para se enraivecer por causa deste pequeno acidente e, sem perder tempo em lamentações inúteis, ele tentou remediar a situação da melhor maneira possível. Ele pegou a cobra que causou o acidente e a usou como cinturão para manter seu estômago fechado e reparar o dano. Satisfeito com essa solução, ele remontou em seu rato e continuou sua excursão. Chandradev (O Deus da Lua) observou toda aquela cena e caiu na gargalhada. Ganesha, sendo de temperamento curto, amaldiçoou Chandradev por sua arrogância e quebrando uma de suas presas, a atirou contra a lua, partindo em duas sua luminosa face. Então ele a amaldiçoou, decretando que qualquer um que olhasse para a lua teria má sorte. Escutando isso, Chandradev percebeu sua loucura e pediu perdão para Ganesha. Ganesha cedeu e como uma maldição não pode ser revocada, ele apenas a abrandou. A maldição então ficou sendo de que a lua iria minguar em intensidade a cada quinze dias e qualquer um que olhar para a lua durante o Ganesh Chaturthi teria má-sorte. Isto explica porque, em certos momentos, a luz da Lua diminui, e então começa gradualmente a reaparecer; mas sua face só aparece por completo somente por um curto período de tempo.
Ganesha, chefe do exército celestial
Estátua de Ganesha com uma flor.Uma vez ocorreu uma grande competição entre os Devas para decidir quem entre eles seria o chefe do Gana (tropas de semideuses à serviço de Shiva). Foi pedido aos competidores que eles dessem a volta ao mundo o mais rápido possível e retornassem para os pés de Shiva. Os deuses foram, cada um em seu próprio veículo, e mesmo Ganesha participou com entusiasmo desta corrida; mas ele era extremamente pesado e seu veículo era um rato! Conseqüentemente, seu passo era muito devagar e isso foi uma grande desvantagem. Dali a pouco apareceu a sua frente o sábio Narada (filho de Brahma), que perguntou a ele aonde estava indo. Ganesha estava muito aborrecido e entrou em fúria porque é considerado um sinal de má-sorte encontrar um Brahmin solitário no começo de uma viagem. Mesmo que Narada seja o maior dos Brahmins, filho do próprio Brahma, isso ainda era um mau presságio. Além disso, não é considerado um bom sinal ser perguntado aonde está indo quando já se está no caminho; então, Ganesha se sentiu duplamente infeliz. No entanto, o grande Brahmin conseguiu acalmar sua fúria. O filho de Shiva explicou a ele os motivos de sua tristeza e seu terrível desejo de vencer. Narada o consolou, o exortando a não entrar em desespero, e deu a ele um conselho:
"Assim como uma grande árvore nasce de uma única semente, o nome de Rama é a semente da qual emergiu aquela grande árvore chamada Universo. Então, escreva no chão o nome "Rama", ande ao seu redor uma vez, e corra para Shiva para pedir seu prêmio."
Ganesha retornou a seu pai, que perguntou a ele como conseguiu terminar a corrida tão rapidamente. Ganesha contou a ele de seu encontro com Narada e do conselho do Brahmin. Shiva, satisfeito com essa resposta, declarou seu filho como vencedor e, daquele momento em diante, ele foi aclamado com o nome de Ganapati (Condutor do exército celestial) e Vinayaka (Senhor de todos os seres).
O apetite de Ganesha
Ganesha é conhecido também como o destruidor da vaidade, egoísmo e orgulho.
Um conto, retirado dos Puranas, narra que Kubera, o tesoureiro do Svarga (paraíso) e deus da riqueza, foi ao monte Kailasa para receber o darshan (visão) de Shiva. Como ele era extremamente vaidoso, ele convidou Shiva para um banquete na sua fabulosa cidade, Alakapuri, assim ele poderia demonstrar a ele toda sua riqueza. Shiva sorriu e disse para ele: "eu não poderei ir, mas você pode convidar meu filho Ganesha. Mas eu o advirto que ele é um comilão voraz." Inalterado, Kubera sentiu-se confiante que ele poderia satisfazer mesmo tal insaciável apetite de Ganesha, com suas opulências. Ele levou o pequeno filho de Shiva com ele para sua grande cidade. Lá, ele lhe ofereceu um banho cerimonial e o vestiu em roupas suntuosas. Após esses ritos iniciais, o grande banquete começou. Enquanto os serventes de Kubera estavam trabalhando duramente para trazer as porções de comida, o pequeno Ganesha apenas continuava a comer e comer.... Seu apetite não diminuiu mesmo quando devorou até a comida destinada aos outros convidados. Não havia tempo para substituir um prato por outro porque Ganesha já havia devorado tudo, e com gestos de impaciência, continuava esperando por mais comida. Tendo devorado tudo o que havia sido preparado, Ganesha começou a comer as decorações, os talheres, a mobília, o lustre.... Apavorado, Kubera se prostrou diante do pequeno onívoro e suplicou para que deixasse para ele pelo menos, o resto do palácio. "Eu estou com fome. Se você não me der mais nada pra comer, eu comerei até você!", ele disse a Kubera. Desesperado, Kubera correu para o monte Kailasa para pedir a Shiva que remediasse a situação. O Senhor então deu a ele um punhado de arroz tostado, dizendo que somente aquilo poderia satisfazer Ganesha. Ganesha já tinha sugado quase toda a cidade quando Kubera retornou e deu a ele o arroz. Com isto, finalmente Ganesha se satisfez e se acalmou
O respeito de Ganesha por seus pais
Uma vez ocorreu uma competição entre Ganesha e seu irmão Kartikeya para saber quem conseguiria dar a volta aos três mundos mais rápido, e então ganhar o fruto do conhecimento. Karthikeya foi em uma jornada pelos três mundos, enquanto que Ganesha apenas andou ao redor de seus pais. Quando perguntado porque fez isso, ele respondeu que para ele, seus pais representam todos os três mundos, e então foi dado a ele o fruto do conhecimento.
Devoção à sua mãe
Uma vez, enquanto brincava, Ganesha machucou uma gata. Quando ele voltou pra casa ele encontrou uma ferida no corpo de sua mãe. Ele perguntou como ela se machucou. Parvati, sua mãe, respondeu que isso foi causado pelo próprio Ganesha! Surpreso Ganesha quis saber quando ele a machucou. Parvati respondeu que Ela como o divino poder está imanente em todos os seres. Quando ele machucou a gata, machucava a sua mãe também. Ganesha percebeu que todas as mulheres são realmente as manifestações de sua Mãe. Deciciu não casar e permaneceu um brahmachari, um celibatário, seguindo as regras estritas do Brahmacharya. Porém, em algumas imagens e escrituras Ganesha é frequentemente relatado como casado com as duas filhas de Brahma: Buddhi (intelecto) e Siddhi (poder espiritual).
Festivais e adorações a Ganesha
Na Índia, existe um importante festival em honra ao Senhor Ganesha. Mesmo sendo mais popular no estado de Maharashtra, ele é festejado por toda a Índia. Ele é celebrado por dez dias começando pelo Ganesh Chaturthi. Isto foi introduzido por Balgangadhar Tilak como uma maneira de promover o sentimento nacionalista quando a Índia era governada pelos Ingleses. Esse festival é celebrado e sua culminação é no dia de Ananta Chaturdashi quando a murti do Senhor Ganesha é imergida na água. Em Mumbai (antes conhecida como Bombaim), a murti é imergida no Arabian Sea e em Pune no rio Mula-Mutha. Em várias cidades do Norte e Leste da Índia, como Calcutá, eles são imergidos no sagrado rio Ganges.
Celebrações de Ganexa pela comunidade indiana em Paris em 2004.As representações de Shri Ganesh são baseadas em milhares de anos de simbolismo religioso que resultaram na figura de um deus com cabeça de elefante. Na Índia, as estátuas são expressões de significado simbólico e que por isso nunca foram reivindicadas como réplicas exatas da entidade original. Ganesha não é visto como um entidade física, mas como um alto ser espiritual, e murtis, ou representações em estátua, atuam como notificação dele como um ideal. Por isso, referir-se às murtis como ídolos trai os entendimentos Ocidentais Judaico-Cristãos de veneração insubstancial de um objeto ao considerar que na Índia, as deidades Hindus são vistas como acessíveis através de pontos simbólicos de concentração conhecidos como murtis. Por esse motivo, a imersão das murtis de Ganesh em rios sagrados próximos é compreensível pois as murtis são entendidas como sendo apenas apreensões temporais de um ser superior ao invés de serem 'ídolos,' que são tradicionalmente vistos como objetos adorados por causa de sua divindade própria.
A adoração de Ganexa no Japão vem desde o ano 806.
Ressurgimento da popularidade
Recentemente, houve um ressurgimento da adoração a Ganesha e um aumento do interesse no "Mundo Ocidental" devido a inundação de supostos milagres em Setembro de 1995. No dia de 21 de setembro de 1995, de acordo com a revista Hinduism Today (www.hinduismtoday.com), as estátuas de Ganesha (e de alguns outros deuses da família de Shiva) na Índia começaram a beber leite espontaneamente quando uma colher cheia era posta perto da boca das estátuas em honra ao deus elefante. Os fenômenos propagaram-se de Nova Délhi a Nova York, Canadá, Ilhas Maurício, Quênia, Austrália, Bangladesh, Malásia, Reino Unido, Dinamarca, Sri Lanka, Nepal, Hong Kong, Trinidad e Tobago, Grenada e Itália entre outros lugares. Isso foi visto como um milagre por muitos, mas muitos céticos afirmaram que isso foi outro exemplo de histeria coletiva. Alguns experimentos científicos conduzidos naquela época sugeriram a ação capilar como uma explicação para este fenômeno. Permanecia um mistério o porquê do fenômeno não haver se repetido até que o mesmo ocorresse novamente em 21 de agosto de 2006. Agora a questão é por que o fenômeno se repetiu.
O livro Ganesha, Remover of Obstacles de Manuela Dunn Mascetti é outra de muitas fontes que testemunham o Milagre hindu do leite.
Popularidade de Ganesha
Ganesha possui duas Siddhis (simbolicamente representadas como esposas ou consortes): Siddhi (sucesso) e Riddhi (prosperidade). É amplamente acreditado que "onde quer que esteja Ganesh, lá existe Sucesso e Prosperidade" e "onde quer que haja Sucesso e Prosperidade, lá está Ganesh". É por isso que Ganesha é considerado como aquele que traz boa sorte, e a razão pela qual ele é invocado primeiro antes de qualquer ritual ou cerimônia. Seja ela o Diwali Puja, ou uma nova casa, novo transporte, antes de uma prova estudantil, antes de entrevistas para emprego, é para Ganesha que se ora, porque acredita-se que ele irá vir para ajudar e garantir sucesso em qualquer empreitada.
Ganesha é venerado como Vinayak (culto) e Vighneshvar (removedor de obstáculos). Acredita-se que ele abençoa aqueles que meditam sobre ele. Ganesha, na astrologia, ajuda as pessoas a saber o que pode ser alcançado e o que não pode.
Os nomes de Ganesha
Estátua de Ganesha fotografada em Londres durante o dia santo de Dipavali.Assim como outras Murtis hindus (ou deuses e deusas), Ganesh tem muitos outros títulos de respeito ou nomes simbólicos, e é frequentemente venerado através do canto dos sahasranama, ou mil nomes. Cada um é diferente e carrega um sentido diferente, representando um aspecto diferente do deus em questão. Quase todos os deuses Hindus têm uma ou duas versões aceitas de suas próprias liturgias dos mil nomes (sahasranam).
Alguns dos outros nomes de Ganesha são:
Ameya (Sânscrito: अमेय), sem limites (em Marathi)
Anangapujita (Sânscrito: आनंगपूजीता), O Sem-Forma, ou Sem-corpo
Aumkara (Sânscrito: ॐ कार), com o corpo na forma do Aum
Balachandra (Sânscrito: बालचंदृ), aquele que carrega a lua em sua cabeça
Chintamani (Sânscrito:????), aquele que retira as preocupações
Dhumraketu (Sânscrito: धुम्रकेतू), ou Ardente
Gajakarna (Sânscrito: गजकर्ण), aquele com orelhas de elefante
Gajanana (Sânscrito: गजानन्), aquele que possui a face de um elefante
Gajavadana, aquele que tem a cabeça de elefante
Ganadhyaksha (Sânscrito: गणध्यक्शमा), o líder das massas
Ganapati (Sânscrito: गणपती), Condutor dos Ganas, uma raça de seres anões do exército de Shiva
Gananatha, Senhor dos Ganas
Gananayaka, Senhor de todos os seres
Ekadanta (Sânscrito: एकदंत), Com somente uma presa
Kapila (Sânscrito: कपिल), o nome de uma vaca celestial. Ganesha representa as características de "doação" que simboliza a vaca, por isso o nome.
Lambodara (Sânscrito: लंबोदर), de grande barriga
Mushika Vahana, Aquele que conduz o rato
Pillaiyar, tâmil para "Filho Nobre"
Shupakarna, Grandes e Auspiciosas orelhas
Sumukh (Sânscrito: सुमूख), aquele que tem uma bela face: Ganesha é dito possuir todas as qualidades da Lua, que também é chamado o Deus da beleza, e por isso ele é conhecido como Sumukh.
Vakratunda (Sânscrito: वक्रतुंड), Tromba curvada
Vighnaharta (Sânscrito: विघ्नहर्त), Removedor de obstáculos
Vighna Vinashaka, remover of obstacles
Vighnesh ou Vighneshvara (Sânscrito: विग्णेशवर), controlador dos obstáculos (Vighna = obstáculos, eeshwara=senhor)
Vikat (Sânscrito: विकट), o feroz
Vinayaka, (Sânscrito विनायक), um líder distinto (Vi significa vishesha Especial e nayaka da raiz ni liderar, por isso, Líder
Vishvadhara ou Jagadoddhara, Aquele que mantém o universo
Vishvanata ou Jagannatha, Senhor do Universo
Outra murti muito amada é a Bala Gajanana ou Bala Ganesha (literalmente, pequeno Ganesha ou bebê Ganesha), na qual um Ganesha bem jovem com uma pequena tromba e grandes olhos é representado nos braços de seus Pais Divinos, ou enquanto ele docemente abraça o Lingam, o símbolo de Shiva.
Os doze nomes de Ganesha
O Ganesha Purâna, um importante texto dos Gânapatyas, nos dá uma lista dos doze principais nomes do deus-elefante. Esses nomes devem ser pronunciados antes de qualquer ritual. Eles são o seguinte:
1. Sumukha : "O Senhor cheio de graça"
2. Ekadanta : "O Senhor que só possui uma presa"
3. Kapila : "O Senhor de cor fulva"
4. Gajakarna : "O Senhor com orelhas de elefante"
5. Lambodara : "O Senhor com uma barriga proeminente"
6. Vikata : "O Deformado"
7. Vighnanâsaka : "O Senhor destruidor dos obstáculos"
8. Ganâdhipa : "O Senhor protetor do Gana"
9. Dhûmraketu : "O Senhor de cor esfumaçada" com dois braços cavalgando um cavalo azul, o Governante da Kali Yuga
10.Ganâdhyaksha : "O Ministro dos Gana"
11.Bhâlachandra : "O Senhor que usa a lua crescente em sua cabeça"
12.Gajânana : "O Sennhor com uma face de elefante".
Além desses, existem mais nomes que constituem os 21 nomes de Ganesha, utilizados durante o Puja. Oferenda de flores e arroz acompanham os 21 nomes de Ganesha(eka vishanti nama).
Vighnarâja : "O Rei dos obstáculos"
Gajânana : "O Senhor que possui face de elefante"
Lambodara : "O Senhor com uma barriga proeminente"
Shivatmaja : "O Filho de Shiva"
Vakratunda : "O Senhor de tromba torcida"
Supakarna
Ganeshvara : "O Senhor do Gana"
Vighnanashin : "O Destruidor de Obstáculos"
Vikata : "O Deformado"
Vamana : "O Anão"
Sarvadeva
Sarvadukhavinâshi
Vighnarhartr : "O Senhor que cancela os obstáculos"
Dhûmrâja
Sarvadevâdhideva
Ekadanta : "O Senhor que tem apenas uma presa"
Krishnapingala : "O Senhor Azul e Escuro"
Bhâlachandra : "O Senhor que carrega a lua crescente na cabeça"
Gananâtha : "O comandante supremo do Gana"
Shankarasunav: "O filho de Shankara"
Anangapujita : "O Senhor sem forma"
Vida Simples Pensamento Elevado
Ervas Medicinais, Dicas de Saúde, Alimentação Natural, Florais , Banhos energéticos e medicina natural
terça-feira, 14 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
ANIVERSÁRIO DO SENHOR KRISHNA
Krishna Janmasthami is the celebration of the day that Bhagwan Krishna incarnated in human form upon the Earth. It is celebrated at midnight on the eighth day of the dark fortnight in the month of Bhadrapada (August-September).
Krishna é um dos mais adorados e reverenciados Deuses do Hinduismo.Ele é considerado a oitava encarnacao do Deus Vishnu. Acredita-se que ele viveu entre 3200-3100 AC.
A palavra Krishna significa aquele que traz sempre alegria. Krishna realmente era muito alegre. Adorava musica e danca. Mas Krishna tambem siginifica escuridão.
A vida de Krishna crianca é cheia de historias que revelam o seu poder divino e a sua espiritualidade.Uma das coisas que diferem Krishna das demais encarnações de Vishnu é o fato de Krishna parecer mais "humano". Ele é conhecido por ser um grande amante, teve diversas namoradas mas seu amor imortal foi por Radha, apesar de casar-se com Rukmini.
Durante o Janmashtami as pessoas fazem jejum podendo comer apenas frutas e leite. Os devotos tambem costumam recitar mantras, cantar e dançar em homenagem ao Lord Krishna.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Espada de São Jorge
Que a espada de São Jorge, afaste de nós os perigos e as preocupações
São Jorge Fulgente Luz,
Cheio de graça e de amor,
Rogai por nós a Jesus,
Sede nosso protetor.
Salve São Jorge Glorioso,
Da pátria celestial,
Abençoai vossos filhos,
Com bondade fraternal.(bis)
Quando na vida sofremos,
A mais atroz amargura,
De vossas mãos recebemos,
A confortável doçura.
A Preocupação olha em volta,
A Tristeza olha para trás,
A Fé olha para cima.
ORAÇÃO
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge
para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Ama-me, assim como tu és!
Eu conheço tua miséria, as lutas, as aflições de tua alma, as fraquezas do teu corpo. Conheço também tua covardia, teus pecados e, apesar disso, Eu te digo: "Dá-me o teu coração. Amo-te como tu és!" Se tu esperas nisso: tornar-te um anjo para te entregares ao amor, tu nunca me amarás. Mesmo se também fores covarde no cumprimentode tuas obrigações e nos exercícios das virtudes, mesmo se caíres freqüentemente naqueles pecados que não desejas mais cometer, Eu não te permito não Me amares! Ama-Me, como tu és
Em cada momento e em qualquer situação em que te encontrares, no zelo ou na aridez, na fidelidade ou infidelidade: "Ama-Me como tu és!" Eu quero o amor do teu pobre coração; pois se esperas até que sejas perfeito, tu nunca me amarás! Não poderia Eu talvez de cada grão de areia criar um Serafim, irradiante de pureza, de nobreza, e de amor? Não sou Eu o todo-poderoso? E se Me agradou deixar aqueles maravilhosos seres no céu, para preferir o teu amor miserável - Não sou Eu o Senhor do Meu amor? Meu filho, deixa-Me te amar. Eu quero o teu coração.
Certamente Eu te transformarei com o tempo, contudo, hoje Eu te amo assim como tu és e Eu desejo, que também tu Me ames assim como tu és. Eu quero do abismo da tua miséria ver o teu amor se elevar. Eu amo em ti também as tuas fraquezas, Eu amo o amor dos pobres e miseráveis. Eu quero que do miserável suba ininterruptamente o grande grito: "PAI, eu te amo!"Eu quero única e somente o canto do teu coração; Eu não preciso da tua sabedoria e dos teus talentos. Uma só coisa é importante para Mim: "Ver-te SER amor!"
Não são as tuas virtudes que Eu desejo. Se Eu tivesse que te dar tais virtudes - tu és tão fraco, isto só nutriria o teu amor próprio. Porém, não te preocupes com isso. Eu poderia determinar grandes coisas para ti- não, tu serás o servo inútil, e Eu tomarei de ti até mesmo o pouco que tens, porque Eu te criei só para o amor.
Hoje me ponho mendigo na porta do teu coração - EU SEU PAI! Eu bato e espero! Apressa-te para abrir-te para Mim! Não te desculpes com a tua miséria. Se conhecesses a plenitude da tua miséria, morrerias de dor. O que feriria o Meu coração seria ver que duvidas de Mim e deixas de confiar em Mim. Eu quero, que tu também faças, só por amor a Mim, o mais insignificante ato. Eu conto contigo para que Me proporciones alegria.
Não te preocupes se tu não possuis nenhuma virtude - Eu te darei as minhas. Quando tiveres que sofrer, Eu te darei forças para isso. Se tu Me deres o teu amor, dar-te-ei tanto para que entendas o amar muito mais do que possas imaginar. Pensa porém nisso: "Ama-Me como tu és!"
Eu te dei a MARIA. Deixa tudo sim, tudo, para passares através do Seu coração tão puro!Aconteça o que acontecer, não esperes tornar-te santo para te entregares ao amor; talvez tu nunca Me amarias.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Bom dia espírito do bem!
Neste dia humildemente te peço que
me envolvas e lances teus raios de
luz em minha direção
Cubra-me com tua proteção,
Reabastece minhas energias,
Fazendo-me compreensão,
Elevando sempre meu coração.
Que eu sempre saiba perdoar,
Lavando a alma.
Sendo somente o amor..
que se dá..sem medo.. sem receio.
Vem espírito superior,
Carrega-me em teus braços.
Dai-me a força de que preciso,
Para continuar o que vim cumprir..
E nunca me deixe esquecer
dos teus ensinamentos.
Aprendiz de um tempo, ó centelha de
vida...ensina-me sempre.. a respeitar
todo o ser ... espírito benfazejo,
Sopra em minha direção e
Que minha criança interior
Nunca se acovarde,
Nem adormeça em meu coração,
Pois dela preciso
para espalhar a alegria,
o otimismo.. a paz e a serenidade que
sinto e sei.. vem de ti.
sinto e sei.. vem de ti.
Apaga de minha mente as decepções
de coisas que não conhecia,
Que eu possa direcionar teu amor
para todos os corações
em forma de elos preciosos ofertados
por ti.. através de minhas palavras.
Vem espírito da brandura,
Me circula, me faz cura,
Lava meu interior,
Me circula, me faz cura,
Lava meu interior,
E que nele renasça a flor
da tua energia,
Para que eu possa espalhar
a suavidade,
o conforto de uma palavra amiga,
o conforto de uma palavra amiga,
a lealdade do existir,
até quando eu deva partir,
Para me embaralhar de volta
em teus cabelos,
em teus cabelos,
Sendo uma partícula de ti...
Que se faça a cura de toda a poeira cósmica
energizando o todo em UM.
Dá a mim e a meus amigos.. um dia
Bom.. de paz e serenidade.. para que
possamos estar aqui.. adultos..
conscientes.. responsáveis.. mas com
o coração de criança.
Beijos nas palmas de vossas
mãos...Amém.
DESLIGANDO-SE DA SOCIEDADE CONSUMISTA
O pessoal de marketing e propaganda no mundo inteiro, está trabalhando avidamente neste exato momento para produzir campanhas irrestíveis para "vender seu peixe". É preciso que estejamos bem conscientes disso. A sociedade de consumo, a globalização, tem um único objetivo: transformar o mundo num grande mercado persa, onde todos comprem de tudo, levem para casa e voltem imediatamente para buscar mais.
- O primeiro passo é sermos mais críticos frente à máquina da propaganda moderna. Precisamos aprender a rir da grande maioria dos anúncios de tv que teimam em nos fazer desejar e ver como imprescindíveis seus produtos. Precisamos ensinar nossas crianças a ter esse espírito de discernimento também. O mundo capitalista, simplesmente não pode continuar a consumir tanto, a produzir tanto lixo, a consumir despudoradamente, enquanto uma grande massa da população mundial passa fome e não tem as mínimas necessidades atendidas.
Quem precisa de um carro novo a cada ano? Somente aqueles pobres ridículos que desejam se pavonear e mostrar aos menos ricos o quanto eles "podem". É um narcisismo mesclado com exibicionismo e poder. Quem precisa mudar a decoração da casa a cada ano, comprar roupas novas a cada modismo dos confeccionistas? Somente aqueles que não encontraram dentro de si mesmos a beleza, a riqueza interior e precisam exibir algo que acreditam ser o melhor neles.
- Segundo, aprenda a confiar mais na Providência. Se você é uma pessoa de fé em Deus, peça e confie. Claro que o Pai não dará uma serpente ao filho que lhe pede pão.E Jesus nos disse para pedir ao Pai o pão nosso de cada dia. Não pedir todo o pão que vamos consumir durante o mês adiantadamente!... Precisamos aprender a confiar e a nos libertar do "poder do dinheiro". Apresente seu pedido a Deus em oração talvez por uma semana. Se vier, bendiga a Deus, se não conseguir, reavalie o quanto você realmente precisa daquilo. Se realmente precisar e puder, então, vá e compre-o. Isso ajuda muito a reduzir nossas compras por impulso. Nos dá tempo para discernir se isso que tanto desejamos é realmente necessário. O Sistema Canção Nova de Rádio e Televisão, vive da providência divina. A cada mês eles precisam de aproximadamente três milhões de reais para pagamento de suas despesas. E o dinheiro vem pingadinho, em conta-gotas, doação das pessoas mais simples e pobres do nosso País. Todo mês. Eles poderiam colocar anúncios, mas para serem mais livres para apresentar sua programação, eventos especiais, e não ficar comprometidos com os patrocinadores, preferem confiar na Providência e não ter anunciantes. Uma lição para nós. E Deus nunca lhes falta!
- Terceiro, enfatize a qualidade de vida acima da quantidade de vida. Recuse-se a definir a vida em termos de TER e não de SER. Cultive a solidão, o silêncio. Descubra maneiras novas de se relacionar consigo mesmo, com os seus, com seus amigos, vizinhos. Valorize mais suas amizades, seus filhos, sua esposa. Aprenda a gastar mais tempo em conversar com seus filhos, seu cônjuge. Muitas vezes quando percebemos, estamos convivendo com estranhos dentro de casa, por falta de tempo de uma boa conversa "jogada fora". Valorize a arte, a boa música, os livros, as viagens significativas, ao invés de ficar diante de uma tv por horas a fio, jogando literalmente a vida fora. Idem quanto aos jogos eletrônicos, onde se fica horas e horas, sempre tentando ganhar de uma máquina, perdendo as vezes dinheiro, sono, paciência. Diga não a toda competição, mesmo que seja num joguinho, video game, etc... Aumentar a qualidade de vida signfiica diminuir o desejo material, portanto, feche seus ouvidos ao "canto da sereia" que diz, "compre, compre, compre!"
- Quarto - Pratique uma recreação saudável, feliz e livre de aparelhos. Você não precisa de uma roupa cara de corrida para correr em volta do quarteirão. Caminhar, correr e nadar estão entre as melhores formas de exercício humano e requerem um mínimo de equipamento. Achegue-se à terra caminhando pelo campo, acampando e fazendo excursões a pé.
A bicicleta é uma forma maravilhosa de transporte que usa energia renovável. Para isso não é necessário ter uma bicleta último tipo. Compre um modelo mais simples, assim você poderá comprar para seus filhos, esposo (a), e juntos poderão sair para pedalar, estreitando o amor, a amizade, curtindo a natureza.
Se você gosta de futebol, ou de esportes que são praticados em grandes conglomerados esportivos, pense bem antes de ir a um estádio, ou ginásio. Ultimamente, com tanta violência nos esportes, corre-se um grande risco, mas o pior é a escravidão que isso gera nas pessoas. Os torcedores se sentem na obrigação de ir, a qualquer preço e a qualquer custo. Muitas vezes brigam com o namorado (a), cônjuge, filhos, para ir a um jogo que nem sempre é tão prazeroso. Talvez nesse caso, seja preferível ver pela televisão, se você realmente não pode resistir. Uma grande massa de energia violenta e negativa é gerada nesses locais. Inclusive às vezes, até muita pancadaria e violência! Sei que isso nunca vai acabar, mas é bom que se reflita sobre essa questão.
Estimule nos seus filhos, família, os jogos e brincadeiras de cooperação. Por que temos necessidade de ganhar SEMPRE? É possível divertir-se sem que haja ganhadores ou perdedores. Com o racionamento de energia no Brasil, talvez tenhamos mais tempo para brincar com nossas crianças, de nos sentarmos de novo nas calçadas para bater-papo com os vizinhos, como nossos pais e avós sempre fizeram. O mundo era menos violento e mais feliz, sim. Mas, será que não se pode tentar novamente?
- Quinto - Aprenda a comer sensata e sensivelmente. Rejeite produtos cheios de químicos venenosas, cores artificiais, e outros meios questionáveis usados para prduzir alimentos comercializados. Elimine alimentos pré-empacotados. Torne-se sensível a toda a cadeia de bioalimentção e coma os alimento que não violentem este equilíbrio, tais como frutas e cereais. Animais alimentados com ração são um luxo que a cadeia de bioalimentação não pode sustentar para as massas da humanidade.
Aprenda a alegria de plantar uma horta, mesmo que ela consista de vasos no beiral da janela. Com árvores anãs no quintal você pode ter frutas dignas de um rei.
Tanto quanto possível, compre mais alimentos produzidos localmente para economizar a energia requerida para o transporte. Aproveite as cooperativas de produtores e consumidores. Transforme em adubo composto todo o lixo que puder. Recicle todos os itens que puder. Plante todo o alimento fresco que puder.
Coma fora menos. Quando comer, faça disto uma celebração. Uma maçã, um pedaço de pão,um copo e leite é mais rápido do que os restaurantes de comida rápida e também muito mais nutritivo e saudável. Isto para um dia em que não tiver tempo de almoçar, ou até sem dinheiro, quem sabe. Todos temos os nossos dias de "durango-kid", ou não? Quem sabe se você não pode se privar um dia por mês, ou por semana, do seu almoço, e oferecê-lo a um pobrezinho? Em vez de comprar pílulas para emagrecer, compre menos alimentos, coma menos. Você emagrece sem gastar tanto
Sexto - Conheça a diferença entre viagens significativas e viagens desnecessárias. Para começar, recuse-se a acreditar na mentira de que você perdeu a metade da vida se não viu todos os locais glamurosos desse mundo. Muitas das pessoas mais sábias e mais realizadas no mundo nunca viajaram a parte alguma. Se você viajar, vá com propósito. Vá além dos folhetos espalhafatosos de viagem com seus cenários de afluência dourada, e dirija-se aos lugares de angústia e dor e necessidade humana. Hospede-se em lugares que identifiquem as pessoas comuns do país. Quando Albert Schweitzer visitou os Estados Unidos, os jornalistas lhe perguntaram porque viajava de terceira classe no trem. Respondeu ele: "Por que não há uma quarta classe!"
Familiarize-se com as pessoas tanto quanto você faz com lugares. Faça um esforço genuíno de comunicar-se; você será enriquecido pela experiência. Por que sempre precisamos ver as pessoas de outras culturas como excêntricas que devem ser examinadas, fotografadas, tornando-se suas fotos muitas vezes motivo até de chacota? Questione também essa sua necessidade de estar viajando a cada feriadão. Tudo é bom, desde que não se torne escravidão, ou fazer porque todos fazem assim. Seja mais consciente de suas motivações.Mais senhor, senhora de seus atos!
Sétimo - Compre coisas por sua utilidade, em vez de status. Ao construir ou comprar casas, deve-se pensar em sua habitabilidade em vez de quanto impressionará os outros. Não tenha mais casa do que é razoável. Afinal, quem precisa de sete cômodos para duas pessoas? Você vive sozinho após criar uma família grande? Em vez de deixar sua casa espaçosa, cheia de lembranças maravilhosas, porque não se mudar para um lugar menor, mais fácil de cuidar? Ou então, quem sabe convidar algum parente, amigo, que também more sozinho para morar com você e assim não ficam tão sozinhos? Encham a casa de risadas e conversas normais que ajudam a abrandar a solidão.
Oitavo - Mobiliário, decoração da casa, pode ser de bom gosto e utilidade, sem custar um exagero. Sua mobília deve refletir você e não alguma vitrine fria e artificial, que nada tem a ver com você. Remodele, construa, dê um novo acabamento a boas peças usadas e verá como sua casa fica bonita e aconchegante, sem que você se transforme em um escravo (a) da decoração.
Nono - Aprenda a comprar barganhas. Procure em lojas de objetos usados e você encontrará muita coisa boa que dará aquele toque especial naquele cômodo de sua casa. Lembre-se também que adquirir um item de que não precisamos, mesmo que a um preço ridiculamente baixo não é vantagem alguma. Pense bem em todas as liquidações sensacionais a que você já foi. O que realmente foi de proveito? Muitas vezes se chega em casa carregado de sacolas de compras, sem que na verdade tenhamos necessidade daquilo. É a nossa compulsão de comprar! Cuidado, é melhor até evitar essas "ofertas irresistíveis", se você não "resiste"! ;-)
Décimo - Uma última palavra precisa ser dita. Simplicidade não significa necessariamente ter só coisas baratas, recicladas. Ela ressoa mais facilmente com preocupações com durabilidade, utilidade e beleza. Muitos itens devem ser escolhidos para durar e não como deseja a sociedade de consumo, para serem substituídos daí a pouco tempo.
"Saborear a vida, eis o que precisamos aprender!"

Como dizia Mark Twain: "A civilização é uma multiplicação ilimitada de necessidades desnecessárias."
A Simplicidade é uma nova necessidade da era moderna. Nosso pequeno planeta simplesmente não pode sustentar o consumo glutão do rico Ocidente. Mahtma Gandhi disse certa vez que o mundo tem o suficiente para as necessidades de todos, mas não para a ganância de todos. Não é simplesmente uma questão de elevar de alguma forma o padrão de vida dos pobres do mundo ao nível encontrado no Ocidente afluente. Os Estados Unidos tem 6 por cento da população do mundo e consomem 33 por cento dos recursos mundiais. Se o resto do mundo fosse tentar viver nesse nível de consumo, calcula-se que todos os recursos conhecidos de petróleo, estanho, zinco, gás natural, chumbo, cobre, tungstênio, ouro e mercúrio do mundo estariam esgotados em dez anos. Mesmo que fizéssemos generosas concessões às descobertas científicas, ainda teríamos de confessar que nosso planeta simplesmente não poderia suportar a sobrecarga, se as massas famintas fossem elevadas ao nosso nível de consumo. Simplesmente falando, a terra não tem condiçoes de sustentar nosso estilo de vida. não, a resposta é clara: precisamor cortar nosso padrão de vida se é para algum dia haver qualquer coisa que chegue perto de uma distribuição justa dos recursos do mundo.
"Ter o que desejamos é riqueza, mas poder viver sem isto é poder" (George MacDonald)
O imperativo da Simplicidade é intensificado ainda mais quando ligamos o chamado por justiça a uma preocupação compassiva com o humanismo cristão. Vidas preciosas por toda a face da terra estão vivendo sem esperança. Há pessoas famintas de pão e dignidade em todos os cantos do planeta.
Todos nós ficamos chocados com a pobreza de milhões e perturbados com as injustiças que a causam. Aqueles de nós que vivemos em circunstâncias abastadas aceitamos nosso dever de desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para o alívio da penúria quanto para devolver a esperança a tantos.
Os ecologistas e os economistas bradam-nos que a simplicidade é uma nova necessidade. A grande hoste de povos sem nome bradam-nos que a simplicidade é uma nova necessidade. Será que estamos ouvindo?
Ponto de Apoio ao nosso alcance
- Desenvolva o hábito de falar com toda honestidade. Risque de seu vocabulário "estou morrendo de fome", por exemplo. Isto normalmente não é verdade e obscurece o fato de muitos estão de fato, morrendo de fome. Quando estiver com fome diga que está com fome e reserve a expressão "morrendo de fome" para a coisa verdadeira. Faça da honestidade e da integridade as características distintivas do seu modo de falar.
Em relação ao dinheiro -
- Considere a sua relação com o dinheiro. Considere a mudança em suas atitudes para com o dinheiro ao longo do anos. Você é escravo do dinheiro? Considere seus próprios sentimentos. Você tem medo do futuro? O dinheiro é uma segurança para você? Você se sente culpado com relação ao dinheiro que gasta? Lembre-se, o dinheiro é importante, mas não é TUDO na vida. Lembre-se da parábola do jovem rico, nos evangelhos. "Ele foi embora muito triste, porque possuia muitos bens."
- Preste atenção ao conselho de John Woolman: "Silencie todo movimento resultante do amor ao dinheiro." O amor ao dinheiro é uma coisa complicada - em geral aqueles que têm menos são os que mais o amam.
"A Economia é boa se a Liberalidade a acompanhar. A primeira é abandonar as despesas supérfluas; a segunda é doá-las para o Benefício de outros que precisam." (Vanderbroeck, "Less is more" (Menos é mais) p.70)
(Trechos do livro, "Celebração da Simplicidade", Richard Foster, ed. United Press)
DIGA NÃO AO DESPERDÍCIO! Ensine seus empregados a não desperdiçarem. Não lave as calçadas de sua casa, seu prédio, com mangueira. Use a vassoura primeiro e depois molhe para tirar um pouco da poeira, se for preciso. A água é preciosíssima e não podemos desperdiçar, achando que "tem muita". O Brasil é um dos países que mais desperdiçam no mundo, mesmo tendo milhares de famintos! Não desperdice alimentos. Se você ver que não vai dar para consumir tudo o que tem na geladeira, ou que seus mantimentos estão ficando próximos de vencer a data de validade, dê antes para uma pessoa necessitada. Informe-se, pois próximo a você tem muita gente precisando! Se você começar a enxergar os que lhe estão próximos, logo descobrirá um tantão de necessitados!
REDE SOLIDÁRIA - VISITE!
As melhores coisas da vida são de graça
Simplicidade voluntária
Vida simples ou simplicidade voluntária é um estilo de vida no qual os indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com o "quanto mais melhor", em termos de riqueza e consumo. Seus adeptos escolhem uma vida simples por diferentes razões que podem estar ligadas a espiritualidade, saúde, qualidade de vida e do tempo passado com a família e amigos, redução do stress , preservação do meio ambiente, justiça social ou anti-consumismo , enquanto outros escolhem viver mais simplesmente por preferência pessoal ou por razões econômicas - embora a vida simples seja essencialmente uma escolha e nada tenha a ver com "pobreza forçada".
A pobreza é involuntária e debilitante, a simplicidade é voluntária e mobilizadora, adverte Duane Elgin, autor do livro Simplicidade Voluntária. Significa fazer um esforço consciente para descobrir o que realmente é importante e abrir mão do que é supérfluo, descobrindo assim que uma vida mais frugal exteriormente pode ser muito mais rica e abundante interiormente [1]
Embora o ascetismo possa assemelhar-se à simplicidade voluntária, aqueles que aderem à vida simples nada têm de ascéticos.
O termo downshifting (redução de velocidade, intensidade ou nível de atividade) é freqüentemente usado para descrever o ato de mudar de um estilo de vida de maior consumo para um outro, baseado na simplicidade voluntária. Mas o downshifting, como conceito, embora tenha muitos pontos comuns com a simplicidade voluntária, é um outro conceito.
Prática
Algumas pessoas que praticam a simplicidade voluntária, agem conscientemente para reduzir as suas necessidades de comprar serviços e bens, e por extensão, reduzir também a necessidade de vender o seu tempo por dinheiro. Alguns usarão as horas extras a mais para ajudar os seus familiares ou a sociedade, se voluntariando para alguma atividade. Durante a época de comemorações, estas pessoas também presenteiam os outros utilizando meios alternativos. Alguns outros podem também utilizar o tempo para melhorar a própria qualidade de vida, fazendo atividades criativas como arte ou artesanato.
Outra abordagem é procurar a verdadeira razão de toda a problemática do porque nós compramos e consumimos tantos recursos para ter uma certa qualidade de vida.
Meio Ambiente
Uma das preocupações de quem escolhe o estilo de vida simples, é o meio ambiente. O estilo de vida consumista impacta o mundo, por isso, é preciso estar atento, rever e refletir sobre a real necessidade das nossas compras e da quantidade de recursos que são utilizados para mantê-las. Opte por bens "amigos da natureza", e sempre que possível, procure compartilhar bens pouco usados, com vizinhos e amigos.
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